sábado, 31 de dezembro de 2011

Exercicio de fim de ano (e para todos os dias)


Pense em alguém que você goste muito.
Do passado, do presente ou do futuro.
Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.
Pense e sinta.
Sinta esse amor, agora, aqui, em você.
Conecte-se com o amor que habita você.
Comece a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você.
Vá expandindo sua capacidade de amar.
Inclua todas as pessoas que você conhece.
Agora inclua as que você não conhece.
Inclua próximas e distantes.
Inclua pessoas que você jamais viu.
Os povos africanos, asiáticos, australianos.
Os povos e tribos de toda a Terra.
Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos.  Flores e pássaros.  Mares, rios, oceanos.
Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia.
Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara.
Não deixe o Pequeno Príncipe de fora.
Inclua os Lusíadas, a Odisséia, Kojiki.
Inclua toda a literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakeaspeare, um tanto de Saragosa, uma gota de Jorge Amado, banhado por Herman Hesse e Amon Oz.
Inclua todas as religiões.
Como se não houvesse dentro nem fora.
Imagine, como  John Lennon, que o mundo é um só.
O mundo é uno.  O mundo, o universo, o pluriverso é um só.
Nós somos unas e unos com o uno.
Perceba.
Isto que digo é a verdade.
E só há esse caminho.
Inúmeras analogias, linguagens étnicas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento transformador.
Somos a vida da Terra.
Somos a vida do Universo.
Somos a vida do Multiverso.
E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes a ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, nos contatamos com a essência da vida. Que é a a nossa própria essência e de tudo que é, assim como é.
Algum nome?  Nenhum nome?
Caminhemos. Tornamo-nos o caminho a cada passo.
Que cada passo seja um passo de paz.

Que o novo ano se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós seres humanos.
Abertura para o infinito.
Abertura para a imensidão.
Abertura para a ternura.
Abertura para a sabedoria.
Abertura para a compaixão.
Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que aqui e agora juntas, juntos, nos tornamos. E ao nos tornarmos o amor tudo se torna vida e vida em abundância.  Ame e manifeste esse amor agora.

Mãos em prece,
(Monja Coen)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Permaneça em silêncio


A liberação, que é bem-aventurança, é natural a todos.
A ignorância é uma ilusão da mente, uma falsa sensação.
Apenas o ego é prisão, e a sua própria natureza,
livre do contágio do ego, é liberação.
Não há engano maior do que acreditar que a liberação,
Que está sempre presente como a sua verdadeira natureza,
será alcançado em um tempo futuro.
Até mesmo o desejo pela liberação é fruto da ilusão.
Portanto, permaneça em silêncio
.
(Ramana Maharshi)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sobre a oração


Depois uma sacerdotisa disse: Fala-nos da oração.

E ele respondeu, dizendo:

- Vós orais na aflição e na necessidade; também devíeis orar na alegria e nos tempos de abundância.
Pois o que é a oração senão a expansão de vós no ar vivo? E se vos dá consolo largar vossa escuridão no espaço, também vos deve dar felicidade lançar o vosso coração à aurora.
E se só conseguirdes chorar quando a vossa alma vos chamar à oração, ela vos estimulará até que, ainda a chorar, vos comeceis a rir.
Quando rezais encontrais no ar aqueles que rezam à mesma hora e que, senão fosse na oração, nunca encontraríeis.
Por isso deixai que a vossa visita a esse templo invisível não seja senão para o êxtase e doce comunhão.
Pois não deveis entrar no templo com outro objetivo que não seja o de pedir aquilo que não recebereis;
E se lá entrardes com humildade assim permanecereis; Ou mesmo se lá entrardes para pedir favores para os outros não sereis ouvidos.
É suficiente que entreis invisíveis no templo.
Não vos posso ensinar a orar por palavras.
Deus não ouve as vossas palavras a não ser quando ele próprio as murmura... Através dos vossos lábios.
E não vos posso ensinar a oração dos mares e das florestas e das montanhas.
Mas vós que nascestes nas montanhas e nas florestas e nos mares, encontrareis a oração nos vossos corações, e se escutardes na quietude da noite, ouvi-los-eis dizer em silêncio:

"Nosso Deus, que sois o nosso eu alado, é a vossa vontade em nós que quer. E o vosso desejo em nós que é desejado. É a vossa vontade para que tornemos as nossas noites que são vossas, em dias que são igualmente vossos.
Não vos podemos pedir, pois conheceis os nossos desejos antes de nós próprios nascermos, vós sois o nosso desejo, e em dar-nos mais de vós, dais-vos todo."

(Khalil Gibran)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sentimentos


Bons pensamentos são importantes, mas sentimentos são mais profundos. Sentimentos puros. 
Se meus sentimentos são de altos e baixos, meu coração não terá bons votos continuamente.  
Em relação aos outros, às vezes vou apoiá-los, às vezes vou me retrair, 
às vezes hesitarei, às vezes oferecerei. 
Mas se eu tiver bons sentimentos e um coração preenchido de bons votos, 
não lhes desejarei nada que não seja o melhor. 
Eu tenho tanto. 
O que mais poderia querer exceto compartilhar?

(Brahma Kumaris)