O
tempo é velhice, o tempo é sofrimento, o tempo não respeita ninguém.
Há
o tempo cronológico, medido pelo relógio. Este é indispensável; do
contrário, não poderíamos ter condução, viajar, preparar
uma refeição, etc.
Mas
nós aceitamos outra espécie de tempo, ou seja, amanhã eu serei, amanhã
mudarei, futuramente me tornarei isto ou aquilo; psicologicamente,
criamos este tempo - amanhã.
Mas, existe
esse dia imediato? Eis uma pergunta que tememos fazer a sério. Porque nós
desejamos o amanhã: amanhã terei o prazer de me encontrar com você, amanhã
eu compreenderei, minha vida será diferente.
Amanhã conhecerei
a iluminação. E desse modo o futuro se torna a coisa mais importante de
nossa vida.
Faça a si próprio esta pergunta, e descubra a verdade respectiva: existe realmente um amanhã fora do pensamento que projeta o amanhã?
Faça a si próprio esta pergunta, e descubra a verdade respectiva: existe realmente um amanhã fora do pensamento que projeta o amanhã?
O
futuro, com efeito, é uma invenção do pensamento.
Se, psicologicamente,
não houvesse um amanhã, que aconteceria, hoje, em sua vida? Uma
tremenda revolução, não é?
Sua
ação se transformaria radicalmente, não é assim? Você seria, agora, um
ente total e não um ente projetado do passado para o presente e daí
para o futuro.
Tal equivale a viver e morrer todos os dias.
Tal equivale a viver e morrer todos os dias.
Faça-o,
e verá o que exprime viver completamente hoje.
E
isso não é amor? Ninguém diz "Amanhã amarei". Ou amamos
ou não amamos.
O
amor não reside no tempo; nele só está o amargor, porque o amargor, tal
como o prazer, é pensamento. Devemos, pois, descobrir o que é o
tempo, e descobrir se existe um "não amanhã" (no tomorrow).
Isso é viver; há então aquela vida eterna - porque, na Eternidade, não existe tempo.
Isso é viver; há então aquela vida eterna - porque, na Eternidade, não existe tempo.
(J. Krishnamurti)
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