Quando cometemos uma falta contra o nosso próximo, sempre temos uma desculpa fácil: eu não tinha esta intenção, nem me passou pela cabeça.
Porém, quem esquece o próximo, esquece também que ele é uma manifestação da Divindade.
Ficamos surpresos quando, muitos anos depois, a Vida vem nos cobrar os momentos em que ferimos sem querer. Isto termina acontecendo quando a misteriosa Roda do Destino gira, e somos atingidos sem motivo, sem entender por quê. Nestes momentos, culpamos a Deus – o mesmo Deus que esquecemos na hora de ferir o próximo.
Não vamos ficar nos torturando em culpas passadas: a vida é alegria.
Mas, vamos ter o sentido de responsabilidade – se algum dia ferimos sem querer, vamos agora fazer o bem sem querer.
Uma coisa compensará a outra, e o Universo continuará conspirando a nosso favor.
(Paulo Coelho)
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