Coisas d'alma
Para que a existência valha à pena […] questionar o que nos é
imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom,
mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se
humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque
se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena.
Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha
obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor
que afinal se conseguiu fazer.
(Lya Luft)
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