De que, às vezes, para se
reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam,
não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto
somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração. De que o nosso
coração é essencialmente puro. Essencialmente, amoroso, o bordador capaz de
tecer as belezas que se manifestam no território das formas. De que, sabedores
ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de
Deus. E, vez ou outra, quando em plena comunhão criativa, entra lá, pega uma
muda de planta e traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo.
(Ana Jácomo)
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