Só a piedade é o princípio real de toda justiça
livre e de toda caridade verdadeira. A piedade é um fato incontestável da
consciência do homem; é-lhe essencialmente própria e não depende de noções
anteriores, de ideias a priori, religiões, dogmas, mitos educação e cultura (…)
tão grande é a certeza de que ela existe em todos os homens (…)
Uma piedade sem limites para com todos os seres
vivos é o penhor mais firme e seguro do procedimento moral (…). Pode-se ter a
certeza de que aquele que a possui nunca ofenderá ninguém, nem lhe causará dano
nos seus direitos ou na sua pessoa; pelo contrário, será indulgente para com
todos, perdoará a todos, prestará socorro ao seu semelhante na medida de suas
forças, e todos os seu atos terão o cunho da justiça e do amor pelo próximo.(…).
(Arthur
Schopenhauer)
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