Muitas pessoas têm medo de se
confrontar com a própria realidade interior: poderiam descobrir aspectos feios
ou desagradáveis de si mesmas. Afirmam que se conhecem e muitas vezes acreditam
mesmo nisso. Gastam enorme energia numa fachada ilusória. Quanto mais ilusória
é a fachada, mais desesperada é a defesa e maior o medo.
Paradoxalmente, só aprendemos a nos
amar e aceitar quando paramos de tentar esconder nossa realidade interior e de
nos esconder dela. Só podemos partilhar com os outros aquelas partes de nós que
já descobrimos e aceitamos, e só podemos mudar aqueles nossos aspectos
desagradáveis que já examinamos por inteiro e reconhecemos que devem ser
mudados. A descoberta de si às vezes pode ser arriscada.
A conquista de novas perspectivas
pode transtornar velhos hábitos e atitudes e abalar sistemas de crença em sua
própria base. Esse é, contudo, um passo essencial em qualquer processo de
transformação.
As recompensas por esse processo de
limpeza interior são grandes. A cada vez que desnudamos uma ilusão e abrimos
mão dela, damos mais um passo na direção de nosso eu verdadeiro, ilimitado e
duradouro.
(Gerd Ziegler)
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