segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Luz da semana



Aceitar tudo como é. Este é o primeiro e fundamental aspecto para uma mudança na consciência. 
Aceitação não é algo como: a partir de agora eu preciso aceitar tudo, porque Deus ou alguém disse isso e eu tenho que seguir. Isto é crença. 
A aceitação verdadeira vem do meu âmago, quando somos como uma porta aberta, quando não há mais julgamento ou ruído em nossas mentes sobre algo que está acontecendo. A aceitação do que é vem quando estamos nesse estado de gratidão e encantamento com a própria vida.
(Luiz Rivieros)

domingo, 30 de outubro de 2016

Coisas d'alma



E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes a ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, nos contatamos com a essência da vida. Que é a a nossa própria essência e de tudo que é, assim como é.
(Monja Coen)

Para aquecer o coração

sábado, 29 de outubro de 2016

Porque hoje é sábado



Distrai(da)mente o pensamento mais pequeno
Pra dar grandeza a um sonho real
Foi então que toquei na essência
E  senti o chamado do valor ideal
A sintonia só acontece quando a  força das bênçãos surge
Ecoando no silêncio toda resposta
Devolvendo gentil e amorosamente
A doce energia proposta
O espaço vazio se enche
O fantasma do medo vai embora
A clara manhã tem borboletas
Voando nos pés da amora
(Uti)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

As polaridades da vida



Esse é um mundo de polaridades, e elas precisam ser equilibradas. Equilibrar consiste em nos mantermos nem muito à direita, nem muito à esquerda, mas bem no centro, conscientes do positivo e do negativo. O caminho para adquirir maestria sobre as energias é permanecermos bem no meio das alegrias e dores da vida, no meio do amor e da raiva, da tristeza e do medo. Desse modo, tornamo-nos mestres no campo dessas energias polarizadas.
A energia move-se, continuamente, entre os aspectos positivos e negativos da experiência. Assim, quando ficamos fixados em um pólo, a falta de movimento, por si só, causa muito desconforto. Não é preciso ficar triste por mais de uma fração de segundo, quando percebemos que, onde há tristeza, a alegria também está presente, em função de ambas pertencerem, intrinsecamente, à mesma experiência.
Precisamos ser corajosos o suficiente para entrar profundamente em contato com o aspecto negativo de nossas experiências. Aí, sim, antes que percebamos, somos elevados para a polaridade positiva.
A essência básica de nosso planeta é a polaridade; observe mais atentamente a natureza e perceba as polaridades que regem tudo o que existe. Quando você começa a reconhecer este fato e o aceita dentro de sua própria vida, aí você tem a chance de se movimentar livremente com o fluxo.
É ótimo mover-se através dessas fases de tristeza e alegria e vice-versa. O movimento é fundamental para o nosso desenvolvimento. Esteja disposto a aceitar as polaridades de todas as coisas e, por favor, lembre-se de que você é capaz de lidar com tudo o que estiver acontecendo.
Cada homem é, também, uma mulher e cada mulher é, também, um homem. Essa é outra polaridade que não tem sido bem compreendida. 
Uma pessoa de fato equilibrada é igualmente masculina e feminina; forte e capaz de ser firme e, ao mesmo tempo, gentil, receptiva e nutridora. Assim, familiarize-se com as energias que são condizentes com o corpo que você ocupa nesse momento e descubra as energias opostas que, também, fazem parte de você.
A maioria das almas, quando escolhe as lições que acompanham o corpo masculino ou feminino, fica com eles por uma série de vidas, até que chegue o momento de adquirir maestria na polaridade oposta. Assim, quando uma alma vai do feminino para o masculino, é muito natural que sinta de forma mais dominante a polaridade feminina dentro de um corpo masculino. Muitos se sentem desconfortáveis e até desejam uma mudança de corpo. O mesmo se aplica para a alma que vem de uma série de encarnações masculinas e passa, em seguida, para uma feminina.
Se houvesse mais clareza no entendimento desse fato, poderíamos ajudar e guiar essas almas, incentivando-as a aceitar a experiência que atraíram, ao invés de julgá-las por não se comportarem de acordo com as expectativas e normas estabelecidas.       
Nada vem sozinho. A alegria vem junto com a tristeza, assim como cada moeda tem cara e coroa e cada dia, luz e escuridão. Precisamos compreender essas polaridades e saber que elas se pertencem mutuamente, como o ganho e a perda, o prazer e a dor, pertencem à mesma experiência.
Às vezes nos sentimos com raiva ou ciúme, ou cheios de julgamentos; em vez de reagir, precisamos perceber o que acontece como realmente é – uma polaridade – solicitando-nos que a equilibremos. Mova-se, então, para fora dessas vibrações, usando sua percepção consciente. Essa é a dança das polaridades na nossa existência tridimensional, o passaporte para o infinito de nossas possibilidades.
Quando soltamos a necessidade de controlar e não mais tememos a fusão com todas as polaridades, as dolorosas e as alegres, conscientemente nos tornamos cheios de amor. 
E, quando sintonizados com o poder do amor, quando nos permitimos ser esse amor, isso é a conquista máxima para cada um de nós.
(Robert Happé)

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Pensamentos daqui e dali




Vá para a luz do sol – lá fora, onde tudo está – com uma vibração que seja tão dominante que aqueles que lhe incomodam, aqueles que não concordam com você, aqueles que fazem com que sua vida seja desconfortável, não venham para sua experiência, pois sua vibração – através de sua prática – se tornou tão clara, tão pura, tão limpa, tão concordante com o que você quer, que o mundo que se revolve ao seu redor simplesmente se parece com ela. Foi isso que você planejou.
(Abraham)

Contando um conto


Era uma vez um rei que, há muito tempo, governava um país.
Um dia, ele saiu em viagem para algumas áreas bem distantes. 

Quando retornou ao palácio, reclamou que seus pés estavam terrivelmente doloridos, porque era a primeira vez que fazia uma viagem tão longa e que havia muitos pedregulhos pela áspera estrada.
Ele ordenou a seus servos que cobrissem toda a estrada, por todo o país com couro.
Definitivamente, essa obra necessitaria de milhares de vacas esfoladas e custaria uma quantia enorme de dinheiro.
Então, um dos mais sábios entre os criados ousou falar ao rei:
– Por que o rei tem que gastar essa quantia desnecessária de dinheiro? Por que, simplesmente, não manda cortar um pequeno pedaço de couro para cobrir seus pés?
O rei ficou surpreso, mas concordou com a sugestão. E ordenou que lhe fizessem um par de sapatos.
Para fazer deste mundo um lugar feliz para se viver, é melhor você mudar a si próprio e não ao mundo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O mundo e a mãe



É bom ter mãe quando se é criança, e também quando se é adulto. Quando se é adolescente a gente pensa que viveria melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passamos fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso.
O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro. Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência e estoure o cartão de crédito. Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos para enfeitar a ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.
O mundo quer nosso voto, mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não para para nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego. Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se trumbica. Quem com ferro fere com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim, de slogans e estatísticas.
Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta, exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo. Mãe é de graça.
(Martha Medeiros)

Pensamentos daqui e dali



É bom ter muitas personas, colecioná-las, costurar algumas, recolhê-las à medida que avançamos na vida. Quando vamos envelhecendo cada vez mais, com uma coleção dessas à nossa disposição, descobrimos que podemos ser qualquer coisa, a qualquer hora que desejemos.
(Clarissa Pinkola Estes)

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Mudanças



É imperativo para o nosso bem-estar, darmos permissão a nós mesmos para nos afastarmos imediatamente de qualquer coisa que nos faça mal.
Isso se aplica a pessoas, lugares, empregos e especialmente nossos próprios comportamentos.
Ninguém além de nós pode nos tirar da negatividade. Somos nós que temos que fazê-lo, pelo nosso próprio bem-estar. Então, poderemos começar a preencher aquele espaço com coisas que nos dão energia positiva.
E passar a ver uma mudança miraculosa em nossas vidas.
(Yehuda Berg)

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Palavras



Qualquer coisa que o perturba é para ensinar-lhe a paciência.
Qualquer um que o abandona é para ensiná-lo a levantar-se em seus próprios dois pés.
Qualquer coisa que o irrita é para ensinar-lhe perdão e compaixão.
Qualquer coisa que tenha poder sobre você é para ensiná-lo a tomar o seu poder de volta.
Qualquer coisa que você odeia é para ensinar-lhe o amor incondicional.
Qualquer coisa que você teme é para ensinar-lhe coragem para superar seu medo.
Qualquer coisa que você não possa controlar é para ensiná-lo a deixar ir e confiar no Universo.
(Jackson Kiddard)

Luz da semana




Discernir é entender a essência, é diferenciar o ouro autêntico do falso. 
Sempre que tiro alguma coisa de seu contexto, deixo de entendê-la e começo a distorcê-la. Todas as situações têm suas raízes históricas, seus efeitos presentes e suas implicações futuras. 
Discernir é considerar as inter-relações de todos os ingredientes de uma situação. Sem essa perspectiva sou impelido a proteger meus interesses, sou consumido pelo calor do momento, deixo de ver as consequências dos meus atos.
(Brahma Kumaris)

sábado, 22 de outubro de 2016

Coisas d'alma



Minhas costas aguentam o peso que levo, porque o coração está cheio de gratidão.
Meus pés caminham, mesmo doloridos, porque acreditam no caminho que escolheram.
Não há como desistir, embora a vontade venha, quando a certeza de que tudo valerá a pena está em cada partícula de nós.
Sou toda esperança.
Sou feita de fé.
(Rachel Carvalho)

Porque hoje é sábado



No oceano integra-se (bem pouco)
uma pedra de sal.
Ficou o espírito, mais livre
que o corpo.
A música, muito além,
do instrumento.
Da alavanca,
sua razão de ser: o impulso.
Ficou o selo, o remate
da obra.
A luz que sobrevive à estrela e
é sua coroa.
O maravilhoso. O imortal.
O que se perdeu foi pouco.
Mas era o que eu mais amava.

(Henriqueta Lisboa)

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Cuidado com a tristeza



Cuidado, a tristeza é uma esfinge estranha... 
Se você lhe decifra os enigmas ela te abençoa, caso não, lhe arranca a cabeça! 
Não tema, seu objetivo é lhe apontar o vazio, conduzir a reflexão e ao aprofundamento. Se no lugar do questionamento, meditação e reencontro, optar por tapar o buraco em romances imaginários, compras desnecessárias, diversões frívolas ou vícios alucinantes em vã tentativa de fugir de si mesmo, cuidado, pois ela lhe penetra mais fundo, se alastra, domina e consome.
(Caciano Camilo Compostela)

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

As coisas se dividem em duas



As coisas se dividem em duas: as que dependem de nós e as que não dependem de nós. Dependem de nós o que se pensa de alguma coisa, a inclinação, o desejo, a aversão e, em uma palavra, tudo o que é obra nossa. 
Não dependem de nós o corpo, a posse, a opinião dos outros, as funções públicas, e, numa palavra, tudo o que não é obra nossa. 
O que depende de nós é, por natureza, livre, sem impedimento, sem contrariedade, enquanto o que não depende de nós é fraco, escravo, sujeito a impedimento, estranho.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

(Con)viver



Quatro ou cinco dias de convivência são suficientes para reconhecer irmãos de alma, que adentram no coração da gente de maneira providencial, da mesma forma que serve para reforçar laços de amizades antigas, de renovar sentimentos que às vezes se perdem pelo tempo.
A vida parece fluir na direção certa quando reafirmamos os afetos, deixando a caminhada mais leve e corajosa. A magia acontece naturalmente, o mundo muda ou toma sua forma original. Tudo fica bem, não estamos separados. A energia do amor  nos move e nos incluímos no misterioso circulo da vida.
Quando nos damos as mãos a força da moleza não nos pega! 
Somos UM.
(Uti)

A coragem de todo dia



Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia.
Esse jeito de ver além dos olhos, de ouvir além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio, tão clara, no próprio coração.
Essa sensação, às vezes, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta.
Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada.
Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza.
Esse cuidado espontâneo com os outros.
Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada.
Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói ser ferido.
Ser sensível nesse mundo requer muita coragem.
Muita. Todo dia

(Ana Jácomo)


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Luz da semana



As diferenças entre intenções positivas e negativas são sutis e às vezes difíceis de detectar. O hábito de falar sobre os defeitos dos outros pode ou não fazer parte do nosso repertório, sendo considerado por muitos como algo normal. 
Provar que estamos certos, manipular as pessoas e esperar ser respeitado sem dar respeito, são outros exemplos de intenções negativas. 
Intenções positivas, por outro lado, são reconhecidas quando, naturalmente, respeitamos e ajudamos os outros, quando percebemos a singularidade e as qualidades dos outros, quando permitimos que eles sejam eles mesmos.

(Brahma Kumaris)

domingo, 9 de outubro de 2016

sábado, 8 de outubro de 2016

Entre aspas



O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.
(Chico Xavier)

Porque hoje é sábado



A eternidade não depende de nós.
Precários seres, manchados de limites,
incapazes de dar vida
a qualquer coisa que dure para sempre,
já nasceram soletrando o Never More.
Tudo o que o homem faz é perecível.
A começar pelo próprio homem,
ração diária predileta
do tempo, desde o instante
em que o tempo acompanhou
a expansão de uma galáxia:
um pássaro invisível,
as asas cheias de auroras,
de cujo bico escorria
o silêncio do arco-íris.

(Thiago de Mello)

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Contando um conto



O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha por toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado.
Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.
Finalmente…
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
Ele estava a noite inteira protegendo seu filho dos perigos…

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

De cabeça para baixo



Quando o mundo está ao contrário, é hora de buscar a sabedoria que cura, a compaixão que acalenta e a alegria do compartilhar.
Ninguém gosta de ficar pendurado de cabeça para baixo. É o símbolo do sofrimento, da dor, do desconforto. Você está de cabeça para baixo?
Esses dias me telefonou um grande amigo de muitos anos.
— Você está bem? — perguntei, e ele me respondeu:
— Não! Estou de cabeça para baixo.
Conversamos.
Como levantar a cabeça? Como evitar que as dificuldades, as doenças, as perdas nos revirem de cabeça para baixo?
No Japão medieval houve um samurai famoso chamado Musashi Sensei. Era capaz de lutar com duas espadas simultaneamente e ninguém jamais o venceu.
Quando jovem, o samurai era muito briguento e violento. Foi aprisionado e seria julgado — provavelmente com a pena de morte —, quando o monge Takuan, que o conhecia desde a infância, convenceu os policiais a prenderem Musashi numa árvore, de cabeça para baixo.
Ele ficou muito bravo. O monge Takuan sentou-se aos pés da árvore e o provocava com perguntas tolas.
Musashi, enfurecido, o insultava, cuspia, gritava palavrões.
O monge, sorrindo, disse:
— Essa sua raiva pessoal não serve para nada. Se você tivesse uma reflexão correta, além de si mesmo, poderia se libertar.
Musashi queria se libertar. Comprometeu-se (palavra de Samurai é palavra) e o monge o libertou com o compromisso de que ficaria três anos trancado em um aposento, estudando estratégias de lutas e estudando a si mesmo.
Depois de passado esse período, o jovem estava transformado. Já não se encontrava mais de cabeça para baixo.
Percebia que cada adversário — ou cada adversidade — era apenas um aspecto de si mesmo.
Passou a respeitar seus oponentes, passou a respeitar a si mesmo.
Quando respeitamos a realidade, assim como é, colocamos nossos pés no chão sagrado, no caminho iluminado.
Nesse caminho as dificuldades são portais. Falta-nos um dos sentidos? Os outros são capazes de compensar.
Não controlamos a vida — somos a vida.
Não controlamos a velhice, a doença nem a morte.
Passamos.
Nada permanece o mesmo.
De cabeça para baixo, vejo o mundo de pernas para o ar.
Quando a cabeça está em seu lugar o mundo faz sentido.
Nossa atuação se clarifica e encontramos a plenitude, a alegria de viver e a alegria de morrer.
Neste momento, você se encontra de cabeça para baixo?
O mundo está de cabeça para baixo?
Vamos ajudá-lo a revirar em si mesmo e encontrar a sabedoria que cura, a compaixão que acalenta e a alegria do compartilhar?
Experimente colocar em prática tudo o que você tem lido, ouvido, ou estudado — quer nas grandes obras religiosas, quer nas literárias ou nos “faces”.
Experiência, prática na vida diária, é o único e verdadeiro Caminho.

Mãos em prece.
 (Monja Coen)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O que ando atraindo?



Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo.
Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja hostil consigo mesmo. Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor.
Isso é natural.
Pedras atraem pedras; flores atraem flores.
 (Osho)

Irmão Sol, Irmã Lua

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Luz da semana



A maioria de nós pensa muito, principalmente sobre acontecimentos e pessoas, sejam elas locais ou globais, famosas ou não. Quando pensamos no que está acontecendo na superfície da vida - o visível - é como se estivéssemos vivendo uma vida superficial. Mas lá no fundo há uma voz, uma saudade, um chamado à profundidade. É o nosso coração nos lembrando que devemos visitar, explorar e expressar as profundezas de nós mesmos. 
Para aprofundar e ser profundo precisamos de momentos de introversão e uma boa conversa com nós mesmos.
Como podemos ver o que está em nosso coração, a menos que a gente mergulhe fundo, acenda a luz e olhe? E o que vemos? Simples, apenas beleza e verdade. Elas estão sempre lá, esperando por nós. Esperando para nos acolher e nos apresentar a nós mesmos.

(Brahma Kumaris)

sábado, 1 de outubro de 2016

Coisas d'alma



Amanhã eu fico triste...
amanhã!
Hoje não.
Hoje eu fico alegre!
E todos os dias
por mais amargos que sejam,
eu digo:
amanhã fico triste,
hoje não!