Ouço um passarinho cantar perto da cozinha.
Não posso vê-lo, mas, porque canta, ele me alcança e perfuma a textura do meu instante.
Como o pássaro, é o coração que ama: canta o seu perfume sem imaginar aonde ele chega.
Como o pássaro, é o coração que ama: canta o seu perfume sem imaginar aonde ele chega.
E, ao amar, imperceptivelmente, ajuda a amaciar a textura do mundo.
(Ana Jácomo)
(Não é preciso a presença para amar, mas é preciso a ausência para sentir saudade.)
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