O homem realmente espiritual não é
um homem pacatamente virtuoso, uma alma dogmaticamente mansa e domesticada para
encampar docilmente as crenças tradicionais. O homem integralmente espiritual é
um intrépido aventureiro dos mundos ignotos, um genial sonhador do infinito,
uma alma empolgada pela dinâmica inquietude metafísica dos insatisfeitos, dos
insaciáveis, dos descontentes com o que “todos” sabem e fascinado pelo que
todos ignoram...
O homem espiritual, surdo aos
barulhos da turba-multa dos profanos e às teses dos catedráticos, escuta
intensamente vozes do grande silêncio que principia além de todos os ruídos
estéreis. E o que esse silêncio anônimo lhe sugere é mais sedutor do que tudo o
quanto os discursos e os sermões dos sabidos e afamados possam lhe dizer.
(Huberto Rohden)
(Huberto Rohden)
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