quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ninguém está só



Como é possível haver tantas pessoas a queixarem-se de solidão? E será que elas compreenderão se lhes disserem que foram elas, na sua cabeça, que criaram essa solidão?
Na realidade, nunca ninguém está só. Todo o universo nos olha e nos escuta. Nenhuma das nossas palavras, nenhum dos nossos gestos, fica sem um eco.
Se ganhardes o hábito de, quando abris a janela de manhã, dizer bom dia à terra, ao céu, a toda a criação, vozes vindas dos quatro cantos do espaço responder-vos-ão em eco: “Bom dia, bom dia, bom dia!...” E sentir-vos-eis acompanhados durante todo o dia.
E, quando saís de casa, cruzais-vos nas ruas com um certo número de pessoas; não conheceis a maior parte delas, mas ser-vos-á assim tão difícil mostrar-lhes um rosto aberto, fraterno? E será que elas não merecem que, pelo pensamento, lhes desejeis a luz, a paz, a alegria?... Dizeis que elas não vos inspiram? Sim, talvez, porque vos focais nas aparências. Mas por detrás dessas aparências há almas e espíritos. Podeis estar certos de que, quando souberdes, pela vossa alma e pelo vosso espírito, entrar em relação com todas as almas e todos os espíritos da terra, quando o que há de melhor em vós encontrar que há de melhor nos outros, nunca mais vos sentireis sós.

(Omraam Mikhaël Aïvanhov)

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