quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Contando um conto



Buda estava viajando através de uma floresta. O dia estava quente. Era exatamente meio-dia e ele sentiu sede; assim, disse para seu discípulo Ananda: Volte. No caminho, nós atravessamos um pequeno riacho. Volte lá e traga um pouco d’água para mim.
Ananda voltou, mas o riacho era muito pequeno e algumas carroças estavam atravessando-o. A água estava agitada e tinha ficado suja. Toda a sujeira que estava assentada nele tinha vindo para cima e a água não era potável agora. 
Assim, Ananda pensou: Eu tenho que voltar. Ele voltou e disse para Buda:
Aquela água se tornou absolutamente suja e não está boa para se beber. Permita-me ir à frente. Eu sei que existe um rio a apenas alguns quilômetros de distância daqui. Eu irei e buscarei água para você.
Buda disse: Não! Volte ao mesmo riacho. Como Buda tinha dito isto, Ananda tinha que seguir a ordem. Mas ele a seguiu sem entusiasmo, pois sabia que aquela água não podia ser trazida. E tempo estava sendo desnecessariamente perdido! E ele estava com sede, mas como Buda disse para ir, ele tinha que ir.
Novamente ele retornou e disse: Por que você insiste? A água não está potável.
Buda disse: Vá novamente. E como Buda havia dito para voltar, Ananda teve que ir.
A terceira vez que ele chegou no riacho, a água estava tão clara quanto ela sempre esteve. A sujeira tinha ido embora, as folhas mortas tinham ido embora e a água estava pura novamente. Então Ananda riu. Ele trouxe a água e veio dançando. 
Ele caiu aos pés de Buda e disse: Seus meios de ensinar são miraculosos. Você me ensinou uma grande lição - que apenas a paciência é necessária e que nada é permanente.

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