quarta-feira, 30 de março de 2011

O verdadeiro eu


O ser humano desceu das regiões celestes por um processo a que se chama involução. 
À medida que foi ocorrendo esta descida à
matéria e ele se afastava do fogo primordial, carregou-se de
corpos cada vez mais densos, até ao corpo físico. 
Exatamente como no inverno, quando temos de enfrentar o frio, 
somos obrigados a por roupas cada vez mais grossas, desde a camisa e a camisola até ao sobretudo.
Para retomar agora o caminho para o Alto, o ser humano deve
despir-se, simbolicamente falando, isto é, despojar-se de tudo o
que o torna mais pesado: em vez de tentar acumular, ele deve
aprender a renunciar, a despojar-se, a libertar-se. 
É a acumulação que favorece a descida. 
Cada pensamento, sentimento ou
desejo inspirado pelo instinto de posse vem colar-se aos seus
corpos subtis como a geada aos ramos das árvores, no inverno. 
É preciso que o sol da primavera recomece a brilhar para que a
geada derreta e o homem reencontre o seu ser verdadeiro.
(Omraam Mikhaël Aïvanhov)

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