As coisas que restam sobrevivem num
lugar da alma que se chama saudade.
A saudade é o bolso onde a alma
guarda aquilo que ela provou e aprovou.
Aprovada foram as experiências que
deram alegria.
O que valeu a pena está destinado à
eternidade.
A saudade é o rosto da eternidade
refletido no rio do tempo.
É para
isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular.
(Rubem Alves)
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