As nossas
mãos são como antenas que têm a possibilidade de captar correntes de forças,
mas também de projetá-las.
Alguns dirão: Mas isso é perigoso, é magia! Sim, é
magia. Tudo o que fazemos é magia. Os magos são seres que sabem servir-se das
suas mãos para receber forças ou projetá-las, para as reter ou as orientar,
para as amplificar ou reduzir a sua intensidade. E não há de que ter medo,
porque foi o Criador que dotou as nossas mãos com tais poderes.
Se as
pessoas soubessem observar, reconheceriam em certos gestos da vida quotidiana
um vestígio deste saber milenário a respeito das nossas mãos e dos seus
poderes.
Reparai: em todos os países, quando as pessoas se encontram ou se
separam, o que é que fazem? Levantam o braço para enviar uma saudação ou dão um
aperto de mãos. A mão serve, pois, como meio de emissão e recessão entre os
humanos.
Por isso, é preciso estarmos particularmente atentos àquilo que damos
com a mão. Se as pessoas se saúdam, é para fazerem bem umas às outras, para
darem mutuamente algo de bom. Se se saúda ou se aperta a mão maquinalmente, com
uma atitude negligente, distante, fechada, é inútil. Mas, para aqueles que têm
a consciência desperta, é um gesto formidável, significativo e operante pelo
qual eles podem encorajar, consolar e vivificar as criaturas, e dar-lhes muito
amor.
Uma saudação deve ser uma verdadeira comunhão, deve ser poderosa,
harmoniosa, viva.
Mas a mão
é um meio para entrar em relação não só com os humanos, mas também com a
natureza.
Quando abris a janela ou a porta, de manhã, habituai-vos a saudar
toda a natureza, as árvores, o céu, o sol, erguei a mão, pelo menos a vossa mão
etérica, e dizei «Bom dia!» a toda a criação. Perguntar-me-eis: Mas isso tem
utilidade? Serve para alguma coisa? Sim, serve para começar o dia com um ato
essencial: ligar-se à fonte da vida. Em resposta à vossa saudação, toda a
natureza também se abrirá a vós, enviar-vos-á forças para todo o dia.
É tempo de
compreenderdes que tendes um trabalho a fazer com o vosso pensamento, com o
vosso amor, para que a natureza se abra a vós.
Experimentai: quando vos
aproximardes de um lago, de uma floresta, de uma montanha, parai um momento e
acenai-lhe com a mão. Sentireis que, interiormente, algo se equilibra, se
harmoniza, e muitas incertezas e incompreensões desaparecerão em vós muito
simplesmente porque decidistes saudar a natureza viva e as criaturas que nela
habitam. Tocai simplesmente uma pedra com amor e ela já não será a mesma:
aceita-vos, vibra em uníssono convosco, também ela vos ama.
Sim! Tudo
na terra é vivo e cabe-vos a vós saber como trabalhar para que essa vida venha
até vós. No dia em que souberdes manter uma relação consciente com a criação,
sentireis a verdadeira vida penetrar em vós.
(Omraam Mikhaël Aïvanhov)
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