O mais perfeito ato do homem é a paz. e por ser tão completo -
tão cheio em si mesmo é o mais difícil.
O mais difícil ato do homem é a paz. E
sua exteriorização aparente – sua gratuidade chocam.
A paz tem de ser adquirida
naturalmente. Por sobrevivência e deformação o homem caminha pelo conflito.
Constrói o conflito e se engrandece a cada minuto de falsa vitória. A paz para
ser adquirida depende apenas do próprio homem. De seu ser integrado – realmente
– no mundo e caminhos que lhe são dados a viver.
A paz individual é um ato
universal. Antagônico e duro com os tempos que vivemos; os tempos do homem
imperfeito.
A paz é espiritual e física. E só a compreensão da própria
deformação existencial; da guerra; poderá dar seu sentido e dimensão. é um ato
criativo – único. Que tem de ser adquirido e resguardado. Que tem de ser
acrescido e ampliado. Que tem de ser tão natural que não ofenda, tão solitário
que não interfira na liberdade, tão puro que não precise ser explicado.
A paz é
ato nobre. Não depende de nada – nem do tempo – nem dos compromissos – nem da
própria vida. É um gesto tão nobre, tão livre que depende apenas e
exclusivamente da vontade. A paz não é um ato estático. é basicamente movimento
e força. É um processo continuo de descoberta individual, a paz é ato corajoso.
Não impõe retribuição nem diferenças. É válido tanto para a criança como para o
adulto – é um ato da própria natureza – sublimada, levada avante com cuidado e
coragem.
A paz como ato completo independe de quem a proponha ou defenda.
A paz
é fantástica – dimensional e formal, material e espiritual, conceitual e aberta
– resultado daquilo que a natureza nos propõe gratuitamente.
A paz exige
cuidado, é abstrata do tempo, dá a sensação permanente de conquista e vitória.
É o único bem intransferível e contínuo. É o único crescimento válido. É a
única forma de criação. A paz é tão completa, tão perfeita, Tão necessária que
quando atingida nos dá uma dimensão cósmica, nos coloca em frente à única
verdade, que da geração à morte, em paz, o ser humano é só.
(Gandhi)
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