quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um conceito de felicidade


Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado, e amar, e amar-se. 
Ter esperança, qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez.
 Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. 
Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. 
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. 
Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. 
E que o mínimo que a gente faça seja, 
a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

(Lya Luft)

Nenhum comentário:

Postar um comentário