Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado, e amar, e amar-se.
Ter esperança, qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez.
Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim.
Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena.
Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja,
a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
(Lya Luft)
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