Nossas
emoções nos empurram de um extremo a outro: da excitação para a depressão, de
experiências boas para ruins, da felicidade para a tristeza — um constante ir e
vir. O emocionalismo é um subproduto da esperança e do medo, do apego e da
aversão.
Temos esperança porque estamos apegados a alguma coisa que queremos.
Temos medo porque temos aversão a alguma coisa que não queremos.
À medida que
seguimos nossas emoções, reagindo às nossas experiências, criamos carma — um
movimento perpétuo que inevitavelmente determina o nosso futuro. Precisamos
interromper as oscilações extremadas do pêndulo emocional para podermos
encontrar um eixo de equilíbrio.
Quando
começamos pela primeira vez nosso trabalho com as emoções, aplicamos o
princípio de que o ferro corta o ferro, o diamante corta o diamante.
Usamos o
pensamento para transformar o pensamento. Um pensamento raivoso pode ter como
antídoto um outro que seja compassivo, ao passo que o desejo pode ter seu
antídoto na contemplação da impermanência.
(Chagdud
Tulku Rinpoche)
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