A tarde às vezes me convida
para um exílio nos campos
entre contornos de montes
ante o silêncio de uma ermida.
A uma luz inclinada
por um certo sopro de outono
às vezes a tarde me quer voo
em transparências de azul
por entre as nuvens à deriva.
A tarde, soberana, irreverente,
se esquece às vezes
que não tenho o descompromisso
das aves, que sou gente.
(Fernando Campanella)
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