O ser
humano não percebe que não se precisa de tempo na vida, porque a vida realmente
acontece no momento presente.
É
equivocada a nossa noção, reforçada pelas religiões e pelos teóricos
evolucionistas, de que precisamos de tempo para evoluir e completarmo-nos, para
mudar do ‘que é’ para ‘o que deveria ser’.
O tempo é
certamente necessário no campo do aprendizado, para atingir metas e para ganhar
a vida e por tornarmo-nos peritos em alguma profissão. Mas no mundo da psique,
seguimos o velho padrão tradicional, e nos tornamos frustrados e miseráveis
quando a esperança da plenitude não é alcançada. Tornamo-nos acostumados ao
condicionamento de que precisamos de tempo para evoluir para algo diferente do
que já somos. No entanto, uma pessoa que se baseie no tempo horizontal como um
meio de alcançar a felicidade ou de realizar a verdade está enganando a si
mesma.
Não há
entendimento no tempo: é agora ou nunca. O que há, é agora. Não existe o
“nunca”. Ver “o que é” é sempre imediato.
A Verdade
está além da razão e do cálculo.
O
observador só pode ser no passado ou no futuro.
A
natureza e futilidade do tempo horizontal é vista quando o ver é no agora sem
“aquele que vê”.
(Ramesh Balsekar)
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