Se
conseguirdes não depender da presença física daqueles que amais, mantereis
para sempre o vosso amor e a vossa alegria. Já não estareis submetidos às
circunstâncias, porque vivereis no único mundo verdadeiramente real – o
vosso mundo interior, com o qual formais uma unidade. Assim que saís do
vosso mundo interior, sentis que os seres e as coisas vos escapam, ficais
à mercê dos acontecimentos.
Sabeis quanto tempo o ser que amais
ficará junto de vós? Não; talvez ele vá embora um dia. Então, esforçai-vos
por focar a vossa consciência nas regiões elevadas, onde as
circunstâncias não têm qualquer poder sobre vós, onde o sol do amor
nunca desaparece.
Lançai-vos na luz desse sol eterno.
Enquanto aqueles que amais estiverem dentro de vós, nenhuma força do mundo
vo-los poderá tirar.
[…]
Por
flores nas campas e nos túmulos é uma tradição muito antiga, mas atualmente elas
são postas sobretudo por uma questão estética. Quem pensa que elas possuem uma quintessência
viva de que as almas dos mortos podem alimentar-se?... E o mesmo sucede em relação às lamparinas, às velas, ao incenso: todas as matérias que se sacrifica libertam forças, energias, que ajudam as almas e as apoiam na
sua viagem para o além.
E de onde pensais vós que vem também o costume de pronunciar orações fúnebres, ou pelo menos dizer algumas palavras afetuosas ou elogiosas por intenção do morto antes de se separar dele?
Na origem desta prática também está um saber iniciático: os mortos são extremamente sensíveis ao que os vivos dizem a seu respeito, assim como aos pensamentos e aos sentimentos que estes têm em relação a eles, pois as palavras, tal como os sentimentos e os pensamentos, produzem vibrações,emitem ondas que chegam até às almas dos seres desencarnados.
(Omraam Mikhaël Aïvanhov)
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