segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bendição


A lei mais elevada é agora o ensinamento.
Cuida bem dos seus atos, palavras e pensamentos.
Muitos seres podem ouvir, e espíritos saber
a maldade que você tanto procura esconder.
Então gire a roda do ano, deixe o tempo passar,
viva cheio de amor e não deixe o medo imperar.
Essa antiga sabedoria eu transmito e vou além:
 “Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém.”
Tenha cautela igualmente com a segunda lei,
pois tudo o que vai volta, isso é o bem sei.
A roda continua girando, três vezes vai girar,
ninguém pode enganá-la ou dela algo ocultar.
Busque a harmonia, o equilíbrio e a auto-estima,
pois como é embaixo, é assim também em cima.
Deixe brilhar a sua luz interior e que todo mundo a veja,
se é isso o que você quer, então que assim seja!
(Autoria desconhecida)

Bruxas

Em sânscrito, bruxa quer dizer mulher sábia, sabedoria feminina, mulher mágica. 
É dentro desse conceito que digo que “o poder da bruxa” está em todas as mulheres. 
Quer ver só?
Somos sensíveis o suficiente para pressentirmos algo ou intuitivas para adivinharmos, é o tal do sexto sentido, que algumas têm mais aguçado. Somos mágicas ao conciliarmos tantas tarefas de uma só vez. Somos feiticeiras ao usarmos as propriedades terapêuticas das ervas, e na melhor das intenções prepararmos chás pra curar os males do corpo e da alma das pessoas queridas. Somos intimamente ligadas à natureza e estamos sujeitas com mais intensidade aos efeitos de cada fase da lua. Reverenciamos as divindades femininas do universo, exemplos de amor e compaixão, com as quais nos identificamos. Valorizamos cada ciclo de nossa existência, consciente de que em todos eles temos nossos encantos seja como donzela, mãe ou anciã. 
Somos naturalmente misteriosas…
E em relação aos dons especiais que possuímos, algo interessante foi dito pelo psicólogo transpessoal e investigador alemão Dr. Hans Tem Dam. Segundo ele, não apenas uma, mas todas as mulheres do mundo podem se enquadrar em três categorias:

*as bruxas, que curam os males físicos. Detêm o poder da natureza e o usam com a mesma naturalidade que respiram.

*as sacerdotisas, que curam os males da alma. Vivem a um nível  mais etéreo, porque essa é a natureza de seu dom. Detém o poder do Espírito, são conscientes de sua missão e a cumprem discretamente.

 *as feiticeiras, que são bruxas intelectuais. Têm e sentem o dom, mas não o aceitam sem questionar, tem de analisá-lo para aceitar sua essência, compreendê-lo à luz da razão.

Para alguns essas teorias podem parecer um tanto quanto estranhas, mas tenho certeza que todas as mulheres se identificarão em alguma parte do que foi dito. E todos hão de concordar que a égide (proteção) do gênero feminino é essencial para a harmonia sobre a Terra! 
(Mirian Menezes)

Luz da semana

Se você observar alguém que está com uma atitude negativa, 
ao invés de olhar para a expressão na face, concentre sua atenção para o não-físico. 
Veja-a como uma estrela de luz. 
Veja-a em seu estado original, que é puro, pacífico e amoroso. 
Isso aumentará sua tolerância e poder de aceitação. 
Através da meditação, você ativa a consciência do seu vínculo espiritual com todos os seres humanos e cria uma ligação com o Pai Supremo. 
Você se conecta com a bondade que há na alma e seu amor é mantido. 
Você sabe que esta bondade é uma realidade mais profunda do que a negatividade. 
Pratique essa visão consciente da alma e irradie energia positiva. 
Isso funciona como mágica e desperta a bondade da outra pessoa.
(Brahma Kumaris)

sábado, 29 de outubro de 2011

Noturno


Quem tem coragem de perguntar, na noite imensa?
E que valem as árvores, as casas, a chuva, o pequeno transeunte?

Que vale o pensamento humano,
esforçado e vencido,
na turbulência das horas?

Que valem a conversa apenas murmurada,
a erma ternura, os delicados adeuses?

Que valem as pálpebras da tímida esperança,
orvalhadas de trêmulo sal?

O sangue e a lágrima são pequenos cristais sutis,
no profundo diagrama.

E o homem tão inutilmente pensante e pensado
só tem a tristeza para distingui-lo.

Porque havia nas úmidas paragens
animais adormecidos, com o mesmo mistério humano:
grandes como pórticos, suaves como veludo,
mas sem lembranças históricas,
sem compromissos de viver.

Grandes animais sem passado, sem antecedentes,
puros e límpidos,
apenas com o peso do trabalho em seus poderosos flancos
e noções de água e de primavera nas tranqüilas narinas
e na seda longa das crinas desfraldadas.

Mas a noite desmanchava-se no oriente,
cheia de flores amarelas e vermelhas.
E os cavalos erguiam, entre mil sonhos vacilantes,
erguiam no ar a vigorosa cabeça,
e começavam a puxar as imensas rodas do dia.

Ah! O despertar dos animais no vasto campo!
Este sair do sono, este continuar da vida!
O caminho que vai das pastagens etéreas da noite
ao claro dia da humana vassalagem!
(Cecília Meireles)