quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Pensando menos



Você tem que investigar a sua mente e observá-la o tempo todo. Veja o que ela está fazendo com você. Veja como ela controla você. Isso mexe com seu emocional. Isso faz você acreditar que algo está errado. Isso te deixa com raiva. Todas essas coisas vêm da mente.
A ideia é estar ciente disto. A consciência por si só te leva à luz, apenas estando consciente somente disso. Você não tem que saber qualquer conhecimento de livros.
Basta estar ciente do que sua mente realmente é. É assim que você conquista sua mente. Por estar ciente disso, e não mais responder a ela, não mais reagir à mente.
Coisas que geralmente te deixavam irritado, coisas que faziam você ter reagido, argumentos que você queria ter vencido, mas, agora sua reação é uma não-reação.
Você simplesmente sorri e assiste. Quando sua mente vê que não há resposta, ela se tornará cada vez mais fraca, até que ela desapareça.
É como discutir com uma pessoa. O que acontece se você parar de discutir? A pessoa vai embora, não saberá o que pensar, não vai ter nada a fazer contra você e simplesmente vai embora. Então, quando você parar de responder aos seus pensamentos, a sua mente vai embora, e sua mente torna-se mais fraca, e mais fraca, e mais fraca, até que não haja mente.
Quanto menos pensamentos, mais feliz você se torna.
O problema começa quando você pensa muito. 
(Robert Adams)


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Coisas d'alma



E um homem disse: "Fala-nos do conhecimento de si próprio." E ele respondeu dizendo:
Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites; mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe. Desejais conhecer em palavras aquilo que sempre conhecestes pensamento.
Quereis tocar com os dedos o corpo nu de vossos sonhos. E é bom que o desejeis.
A fonte secreta de vossa alma precisa brotar e correr, murmurando para o mar; e o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa revelar-se a vossos olhos.
Mas não useis balanças para pesar vossos tesouros desconhecidos; e não procureis explorar as profundidades de vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda, porque o Eu é um mar sem limites e sem medidas.
Não digais: 'Encontrei a verdade.' Dizei de preferência: 'Encontrei uma verdade.'
Não digais: 'Encontrei o caminho da alma. Dizei de preferência: 'Encontrei a alma andando em meu caminho.'
Porque a alma anda por todos os caminhos. A alma não marcha numa linha reta nem cresce como um caniço.
A alma desabrocha, qual um lótus de inúmeras pétalas.
(Gibran)

Tudo se transforma





De vez em quando faça uma lista e guarde-a para reler algum tempo depois.
Nós nos baseamos nas Leis da Evolução, e uma delas é que tudo se transforma.
Por isso, a cada ciclo de amadurecimento, podemos reavaliar e perguntar: essa lista ainda expressa a nossa visão? As nossas verdades, necessidades e prioridades?
Em cada estágio de evolução uma visão, um sentimento, um conceito, uma experiência e uma verdade ganham novos contornos, nitidez e definições. Temos a coragem de mudar, desde que seja de bem para melhor sempre. 
Seu corpo muda continuamente.
Sua vida muda. 
Diante de tantas mudanças pessoais, sociais e econômicas, você se surpreenderá ao adotar uma tão simples filosofia de vida - fazer uma lista de metas, sonhos, necessidades, prioridades e gravar por escrito - hoje estou assim, todavia, agora escrevo a lista de como quero estar…
Ser, viver e acontecer na mais alta das possibilidades.
(Nilsa/J. C. Alarcon)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Palavras



Aquilo a que chamamos de problemas ou provações, na realidade, são presentes do Universo para que possamos aprender alguma coisa. 
Neste plano da existência não há outra maneira de se desenvolver se não através de erros e acertos. Através deles vamos tomando consciência daquilo que fecha e daquilo que abre os caminhos para a nossa realização. Seguimos aprendendo até que possamos escolher somente pensamentos, palavras e ações que nos libertam. 
(Sri Prem Baba)

Luz da semana



As pessoas ainda não sabem o que é a verdadeira beleza de um ser, porque se detêm demasiado na forma.
Se a forma é harmoniosa, agradável, elas exclamam: Que beleza!, mas por detrás da forma, há outra coisa para conhecer: os eflúvios, as emanações que vêm do mais profundo desse ser, a vida que corre.
E, se se pudesse ir mais além para ver a parte dele que vive nas regiões celestes, descobrir-se-ia uma beleza ainda maior: o esplendor do espírito.
Mas o esplendor do espírito é de uma essência demasiado sutil para encontrar uma expressão física.
A verdadeira beleza não pode ser descrita: é vida pura, a vida jorrante...
Se olhais para um diamante sobre o qual vem incidir um raio de sol, ficais deslumbrados por aquela cintilação, aquelas cores brilhantes...
É isso a verdadeira beleza!
Quanto mais um ser consegue captar a luz para se impregnar com as suas vibrações, as suas cores cintilantes, mais se aproxima da verdadeira beleza.
(Omraam)

sábado, 26 de setembro de 2015

Porque hoje é sábado






todos na Lua cheia exaltados
loucos, sóbrios e mal humorados
falam e falam e falam sem pensam
se doendo e se amando em pleno luar

e quando ela se vai, tudo passa
o inferno urbano se esgarça
e vira pó de eternidade na lembrança
se repetir na outra lua, é semelhança

mas nunca é igual
(Isadora Brandelli)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Coisas d'alma







Despedidas são apenas para aqueles que amam com os olhos. Porque para aqueles que amam com coração e alma não existe separação. 
(Rumi)

O que isso importa?



Frequentemente me perguntam quantos anos eu tenho.
O que isso importa ?
Tenho a idade que eu quero e sinto.
A idade em que eu posso gritar, sem medo, o que eu penso.
Fazer o que eu desejo, sem medo do fracasso ou do desconhecido.
Eu tenho a experiência dos anos vividos e da força da convicção dos meus desejos.
Que importa quantos anos eu tenho?
Eu não quero pensar nisso!
Alguns dizem que estou velho e outros, que eu estou no auge.
Mas não é a idade que tenho, ou que as pessoas dizem, mas o que meu coração sente e meu cérebro dita.
Eu tenho os anos necessários para gritar o que eu penso, para fazer o que eu quero, para reconhecer erros passados, retificar caminhos e guardar meus êxitos como tesouros…
Agora as pessoas não tem por que dizer: Você é muito jovem, não faça isso.
Tenho a idade em que se olha as coisas com mais calma, mas com  interesse de continuar crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a nos acariciar com os dedos,
e as ilusões se transformam em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes é um surto louco, ansioso para consumir-se
no fogo de uma paixão desejada.
E às vezes um refúgio de paz, como o pôr do sol na praia.
Quantos anos eu tenho? Não preciso marcar isso com um número, pois minhas realizações, meus triunfos, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver meus sonhos destruídos valem muito mais do que isso…
Que importa se eu tenho vinte, quarenta ou sessenta?
O que importa é a idade que eu sinto.
Tenho os anos que preciso para viver livre e sem medos, porque carrego a experiência e a força dos meus desejos…
(José Saramago)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Contando um conto




Quando o mestre Zen Bankei realizava seu retiro semanal de meditação, discípulos de muitas partes do Japão vinham participar. Durante um destes Sesshins um discípulo foi pego roubando. O caso foi reportado a Bankei com a solicitação para que o culpado fosse expulso.
Bankei ignorou o caso.
Mais tarde o discípulo foi surpreendido na mesma falta, e novamente Bankei desdenhou o acontecimento.
Isto aborreceu os outros pupilos, que enviaram uma petição pedindo a dispensa do ladrão, e declarando que se tal não fosse feito eles todos iriam deixar o retiro.
Quando Bankei leu a petição ele reuniu todos diante de si.
 “Vocês são sábios," ele disse aos discípulos. "Vocês sabem o que é certo e o que é errado. Vocês podem ir para qualquer outro lugar para estudar e praticar, mas este pobre irmão não percebe nem mesmo o que significa o certo e o errado. Quem irá ensiná-lo se eu não o fizer? Eu vou mantê-lo aqui, mesmo se o resto de vocês partirem.”
Uma torrente de lágrimas foram derramadas pelo monge que roubara. Todo seu desejo de roubar tinha se esvaecido.