quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cântico do amor

 Que cântico é este, que nos inspira milênios afora, desertos adentro?
Que cântico é este, que faz transbordar corações abertos e mentes altaneiras?
Que cântico é este, de magia pura, que jamais se esgota, que jamais se cansa?
Que cântico é este, de mistérios tantos, que é sempre o mesmo, que é sempre outro?
Que cântico é este, fatal e terno, tão distante e próximo?
Que cântico é este, trovejante e doce, que nos condena a nos tornar plenamente humanos?
 Por certo, é o cântico do amor.
 (Roberto Crema)

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