sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Atenção plena



A principal causa da raiva é a sua semente que existe dentro de nós mesmos. Se não houver sementes de raiva em nossa consciência armazenadora, esse sentimento não pode surgir. 
Quando as chamas da raiva se acendem, a tendência é atacarmos quem regou as sementes desse sentimento que temos dentro de nós. 
É como encontrarmos nossa casa incendiada e, em vez de procurarmos apagar as chamas, sairmos em busca da pessoa que acreditamos ter ateado o fogo.
Quando esse sentimento se manifesta, devemos nos voltar para dentro  de nós mesmos e usar a energia da atenção plena para abraçá-lo, suavizá-lo, iluminá-lo.
De acordo com o que foi ensinado pelo Buda, quando a raiva surge, temos que fechar os olhos e ouvidos, retornar para nós mesmos e procurar a fonte interior desse sentimento. O essencial é regarmos a semente da atenção plena e deixá-la surgir na nossa mente consciente.
Quando nosso estômago dói, não ficamos com raiva dele. No momento em que a mãe escuta o bebê chorando, ela deixa o que está fazendo, toma a criança nos braços e a acalenta. Depois procura descobrir o motivo do choro, se ele se deve a um desconforto físico ou emocional.
Temos que examinar a raiva a fundo, como faríamos com nosso próprio filho. Não devemos rejeitá-la nem odiá-la. 
A respiração consciente abranda e acalma a raiva e a atenção plena a penetra.
(Thich Nhat Hanh)

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