segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Luz da semana



Falo de uma tentativa real de recomeçar, até onde é possível: com um olhar um pouco diferente para pessoas a quem normalmente não temos tempo de abordar. Gente que nos interessa independente do status, grana, importância e possível utilidade.
Falo de uma entrada em um novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma. Sem frescura, sem afetação, sem mau humor, sem pressão nem formalidade. Pensando que a gente poderia ser mais irmão, mais amigo, mais filho, mais pai ou mãe, mais humano.
Começar, não com planos mirabolantes que não se podem cumprir, mas inventando novos modos de querer bem, sobretudo a si mesmo. Sem isso não tem jeito de gostar dos outros de verdade. O bom é entrar num novo ano sem lamentações inoportunas, sobretudo sem acusar: o destino, o outro, o pai, o chefe, a vida.
(Lya Luft)

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