sábado, 2 de outubro de 2010

Filhos

        Vossos filhos não são vossos filhos.

            São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.

            Vêm através de vós, mas não de vós.

            E, embora vivam convosco, a vós não pertencem.

            Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,

            Pois eles têm seus próprios pensamentos.

            Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;

            Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

            Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis faze-los como vós,

            Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

            Vós sois o arco dos quais vossos filhos, quais setas vivas, são arremessados.

            O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.

            Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:

            Pois assim como ele ama a flecha que voa, ama também o arco, que permanece estável.
(Gibran)
 

3 comentários:

  1. É Lindo demais este texto!

    Mãe, agradeço por ser este arco tão sábio, que me arremessou para a vida com teus ensinamentos e pude chegar onde cheguei!

    beijos!!
    Amor,
    Fi

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  2. Feliz pelas minhas flechinhas lançadas!
    Que elas acertem o alvo do bem, do melhor.

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  3. Agradecida a Deus por ter tido essa oportunidade de arremessar minhas duas lindas flechas.

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