sábado, 18 de fevereiro de 2012

Uma carta de amor (reprise)



Abençoados são aqueles que permitem a si mesmo serem verdadeiros... 
Antonio, professor da bondade, da lealdade, da humildade, continua a nos ensinar. 
Não é a presença física que nos aproxima, nossa ligação transcende qualquer plano.

Estamos reprisando esta postagem porque ela já foi visualizada mais de 1000 vezes, tornando-se o top deste blog.
A autenticidade tem o poder de alcançar almas sensíveis.
Gratidão!




Santiago do Boqueirão, 16 de janeiro de 1940.


Prezada Srta. Aracy,

Hoje transcorre a data memorável do seu aniversário natalício, a qual enche-me o coração de imensa alegria por ver em que se junta mais uma às suas delicadas primaveras.

A merecida confiança que eu em vós deposito, a crença que tenho no seu amor e a esperança que embeleza o nosso futuro, aconselham-me a que não deixe de vos dirigir umas frases repassadas do mais puro e terno amor.

Não podem as mais ornadas palavras traduzir fielmente quanto jubilo sinto ao endereçar-vos as minhas sinceras felicitações, nas quais suplico a Deus que vos prolongue a vida e a povoe de venturas para minha completa felicidade.

Faço votos que o céu deixe cair as melhores bênçãos sobre a sua generosa alma para regozijo e alegria de quem vos votou toda a afeição e promete consagrar-vos a vida inteira.

E já que não posso como desejava, dizer-vos pessoalmente tudo quanto se passa em minha alma neste dia tão festivo, recebei mil parabéns de quem vos ama apaixonadamente e consenti que um puro e casto ósculo voe ao seu formoso semblante, como brinde mais próprio daquele que jamais deixará se vos amar.

Antonio Costa

(Carta escrita pelo meu pai para minha mãe no dia dos seus 18 anos)

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