terça-feira, 7 de abril de 2015

A paz, tão necessária

O mais perfeito ato do homem é a paz. e por ser tão completo - tão cheio em si mesmo é o mais difícil. 
O mais difícil ato do homem é a paz. E sua exteriorização aparente – sua gratuidade chocam. 
A paz tem de ser adquirida naturalmente. Por sobrevivência e deformação o homem caminha pelo conflito. Constrói o conflito e se engrandece a cada minuto de falsa vitória. A paz para ser adquirida depende apenas do próprio homem. De seu ser integrado – realmente – no mundo e caminhos que lhe são dados a viver. 
A paz individual é um ato universal. Antagônico e duro com os tempos que vivemos; os tempos do homem imperfeito. 
A paz é espiritual e física. E só a compreensão da própria deformação existencial; da guerra; poderá dar seu sentido e dimensão. é um ato criativo – único. Que tem de ser adquirido e resguardado. Que tem de ser acrescido e ampliado. Que tem de ser tão natural que não ofenda, tão solitário que não interfira na liberdade, tão puro que não precise ser explicado. 
A paz é ato nobre. Não depende de nada – nem do tempo – nem dos compromissos – nem da própria vida. É um gesto tão nobre, tão livre que depende apenas e exclusivamente da vontade. A paz não é um ato estático. é basicamente movimento e força. É um processo continuo de descoberta individual, a paz é ato corajoso. Não impõe retribuição nem diferenças. É válido tanto para a criança como para o adulto – é um ato da própria natureza – sublimada, levada avante com cuidado e coragem. 
A paz como ato completo independe de quem a proponha ou defenda. 
A paz é fantástica – dimensional e formal, material e espiritual, conceitual e aberta – resultado daquilo que a natureza nos propõe gratuitamente. 
A paz exige cuidado, é abstrata do tempo, dá a sensação permanente de conquista e vitória. É o único bem intransferível e contínuo. É o único crescimento válido. É a única forma de criação. A paz é tão completa, tão perfeita, Tão necessária que quando atingida nos dá uma dimensão cósmica, nos coloca em frente à única verdade, que da geração à morte, em paz, o ser humano é só.
(Gandhi)


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