terça-feira, 12 de novembro de 2013

O outro e eu

Quando você olha para o céu azul e para as estrelas, ou para os pássaros e para as montanhas, você não tem nada a reclamar deles; e você é feliz. 
Você olha para as rochas nas margens dos rios; elas não fazem nada para lhe agradar. E, ainda assim, você está feliz, porque você as aceita como elas são, e desta forma, você está satisfeito. 
O rio flui à sua maneira; ele não incomoda você. Você não deseja que ele esteja mais cheio ou que corra em outra direção. Na verdade, você procura a natureza porque ela não evoca a pessoa insatisfeita, aborrecida e difícil de se satisfazer que você parecer ser. A natureza não toca naquela corda de exigências que existe em você. Você se sente um com a situação, um ser que acomoda, sem precisar que o mundo faça nada para lhe agradar. Portanto, você é uma pessoa satisfeita com referência a algumas poucas coisas. 
Esta é a âncora que você deve criar para você mesmo. 
Quando você vai para a montanha, ela não faz nada para lhe agradar; mas você se sente satisfeito. 
Observe como você tem a capacidade de estar satisfeito, e traga esta pessoa satisfeita para todas as situações e pessoas que lhe desagradaram ou às quais você desagradou em algum momento. E olhe para você agora, da mesma forma que você olharia se estivesse em contato com a natureza. 
Aceite as outras pessoas como você aceitaria as estrelas. 
Reze por uma mudança, se você julgar que você ou os outros precisam mudar, e faça o que estiver ao seu alcance para produzir a mudança. Mas, primeiro aceite os outros. Somente desta maneira você poderá realmente mudar. Aceite os outros totalmente, e você estará livre; e então, você descobrirá o amor, que é você mesmo.
(Swami Dayananda Sarasvati)

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