quinta-feira, 12 de abril de 2012

A percepção da unidade oculta


A percepção da unidade oculta entre sua vida própria e a vida de todo o mundo finalmente se manifesta como infinita compaixão por todas as coisas vivas.
Dessa forma, você aprende a submeter sua vontade pessoal à cósmica, o mesquinho afeto egoísta ao desejo pelo bem estar comum.
A compaixão desabrocha plenamente em seu coração como a flor de lótus à luz do sol.
Desse elevado ponto de vista, você não mais vê a humanidade como aqueles a quem serve de forma não egoísta, mas sim como aqueles que lhes dão oportunidade de servir.
Você irá, súbita ou lentamente, experimentando uma exaltação emocional que culminará numa total transformação do coração.
Seu curso será marcado por uma profunda reorganização do sentimento em relação aos seus semelhantes.
O egoísmo fundamental que de forma aberta ou camuflada até aqui o motivava será abandonado.
O nobre altruísmo que até então parecia um ideal impraticável e impossível se tornará praticável e possível, pois uma possível solidariedade em relação a todos os outros seres habitará em seu coração.
Jamais lhe será possível, voluntariamente, prejudicar alguém, pelo contrário, o bem estar do Todo se tornará seu objetivo.
Depois de buscar a realidade e a verdade, encontrará a felicidade suprema na busca do bem-estar não só para si, mas para todas as criaturas.
A consequência prática disso é que você será inevitavelmente levado a se dedicar de forma incessante ao serviço e à iluminação de todos.
Não será tão-só um eco da vontade Divina, mas permitirá que ela trabalhe ativamente em seu interior. E com o pensamento, vem a força para assim proceder...
A graça do eu superior para ajudá-lo a conseguir com rapidez o que o eu inferior não consegue.
Tudo o que há de negativo em seu caráter desaparece como se nunca tivesse existido, pois você sente que há pura harmonia no âmago das coisas, na mente do universo, e que você por alguns momentos a tocou.
(Paul Brunton)

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