domingo, 31 de julho de 2011

Entre isso e aquilo...


Sou entre flor e nuvem, estrela e mar. 
Por que havemos de ser unicamente humanos, limitados em chorar? Não encontro caminhos fáceis de andar. Meu rosto vário desorienta as firmes pedras que não sabem de água e de ar. 
E por isso levito. É bom deixar um pouco de ternura e encanto indiferente de herança, em cada lugar. 
Rastro de flor e estrela, nuvem e mar.
Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido: a sombra é que vai devagar.
 (Cecília Meireles)

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