domingo, 10 de julho de 2011

Tempo de viver

Uma noite me balancei no céu.
O balanço era de flores ou de estrelas,
e suas pontas perdiam-se no Norte e no Sul,
e atiravam-me de Leste a Oeste.

Desci do sonho melancólica.
Às vezes suspiro por esse alto sonho.
Contá-lo não é nada: mas vivê-lo,
mas estar longe, numa solidão deleitosa,
mas crer, afinal, que há um tempo de viver...

(Cecília Meireles)

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